Se como se costuma dizer “a variedade é o tempero da vida”, posso descrever minha vida como bastante “temperada”. Um final de semana recente fornece bom exemplo disso: na tarde de sábado fotografei os membros de um escritório de advocacia; dali fui ao centro de convenções fotografar trabalhos que eu tinha ajudado a projetar; ao chegar em casa, reuni meus instrumentos e equipamentos e saí para tocar com minha banda, a Sky Blue, num conhecido café.
Na manhã seguinte minha igreja estava celebrando seu 50º aniversário. Cantei com o coral e tirei fotos. Depois compareci a uma apresentação de jazz promovida pela Heartland Steel Guitar Association, de que sou membro fundador e administrador. À tarde minha esposa e eu fomos a um concerto no Kauffman Center, onde trabalhamos como voluntários.
Não faz muito tempo um amigo pediu meu conselho para encontrar um trabalho melhor. Francamente acho que não pude ajudá-lo muito porque nunca tive que procurar trabalho e não sei como fazê-lo. Sempre fiz o que gostava fazer, operando a partir do princípio de que se você é bom o bastante em alguma coisa, alguém vai pagar para que você faça isso. Caso contrário, você pode fazê-lo pelo simples prazer de curtir o que faz.
Atualmente vivo de fotografia. Da forma como vejo, se não estiver ganhando o suficiente, é porque minhas fotos não são suficientemente boas ou então, não as estou mostrando para muitas pessoas. Por isso gasto a maior parte do meu tempo aprendendo a ser um fotógrafo melhor e mostrando minhas fotos.
Também ganho dinheiro como músico e vendendo os livros que escrevi. Em ambos os casos, para um desempenho melhor, preciso me aperfeiçoar, aprender a tocar melhor, escrever melhores canções e melhorar como escritor.
Lucas 16.10-12 oferece um princípio básico para os negócios: “Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes; e quem é desonesto nas coisas pequenas também será nas grandes. Pois, se vocês não forem honestos com as riquezas deste mundo, quem vai pôr vocês para tomar conta das riquezas verdadeiras? E, se não forem honestos com o que é dos outros, quem lhes dará o que é de vocês?” Em outras palavras, se você fizer o melhor com o que tem, terá a oportunidade de fazer mais.
Experimentei uma vivência prática desse princípio há alguns anos. Queria um bom carro, mas não podia pagar por ele; por isso comprei o que cabia no meu orçamento. Em lugar de tratá-lo com descaso, cuidei dele como se fosse um ótimo carro. Eu o lavava e encerava todas as semanas. Comprei um livro sobre acessórios para carros e fiz o que pude para melhorar sua aparência. Certo dia um vendedor de carros me parou dizendo que me vira dirigindo o carro pela cidade e queria saber se estava à venda. Concordei em vendê-lo e, com o lucro que obtive, comprei o “bom carro” que sempre desejara. Tratar bem o meu velho carro valeu a pena e possibilitou a compra de um carro melhor.
Esse princípio – ser fiel com o que você tem em mãos, para provar que é digno de que lhe confiem responsabilidade maior – se mostra verdadeiro em todas as áreas da vida.
Meu conselho para o meu amigo que procurava emprego melhor foi bem simples: se eu quero um emprego melhor, devo fazer melhor o trabalho que tenho em mãos hoje. Isso é tudo o que sei.
Por Jim Mathis