segunda-feira, 7 de abril de 2008

NÃO APEQUENES

Ouvi esta frase dos lábios de um dos profetas mais respeitados deste país: Rev. Antonio Elias, que já está com o Senhor. Era um retiro de pastores e contei-lhe das minhas mágoas e feridas pastorais. “Não te apequenes diante dos anões com os quais temos que conviver em nossa caminhada”, disse o velho profeta. Nestes dias a frase se tornou necessária para a minha alma, tendo em vista, de novo, o enfrentamento de fatos semelhantes àqueles que naquela época me fe-riam.Paulo, o apóstolo, afirmou que na formação da igreja sempre encontraríamos certos obreiros os quais ele qualificou, com certos títulos ou adjetivos:

1. Obreiros fraudulentos – Eles estavam na Igreja de Corinto. A fraude é o símbolo da falsidade ministerial. Obreiros que têm seus trejeitos montados na hipocrisia, e sabem, como poucos, falsificar como os fraudadores sabem, verdades, torcendo-as, com uma linguagem típica deste tipo de gente.
2. Mercadejadores da Palavra – Também para os Corintios, Paulo afirmou que não se identificava com os que mercadejam a Palavra. Esse tipo tem se multiplicado, colocando em contradição a teologia paulina, que o ministério não é fonte de lucro, e sim a piedade. Gente que não cuida de gente, mas que se vende em adulação daqueles que procuram ser adulados.
3. Falsos obreiros – Esses estavam na igreja de Filipos. Pessoas que adaptam o que crêem ao gosto daqueles aos quais querem conquistar: como o ‘mico do material hidráulico’, ficam pulando de galho em galho, ou de igreja em igreja, sempre encontrando o sujeito oculto deste texto para acolhê-los.Lembro-me que a lista do Rev. Antonio Elias era longa, mas me detenho aqui, para afirmar o que ele deixou de positivo, isto é, o tipo de obreiro que nós deveríamos ser:
Obreiro que nada tem de que se envergonhar. Este é o modelo neo-testamentário. II Tim.2.15.
Obreiro aprovado, pelo tempo, pela perseverança, pelos frutos, pelo caráter. Não tem que se envergonhar nem do seu passado nem do seu presente. Por onde passou deixou as marcas da lealdade, da fidelidade, da santidade, não só para a sua igreja, mas também para com as instituições que serviu.
Obreiro que maneja a Palavra com sinceridade. Não pregador de encomenda, para passar anestésico no ouvido daqueles que pagam caro para ouvir o que querem, mas pregadores comprometidos com a mensagem, mesmo a custo de perdas, pois seu propósito é satisfazer àquele que o arregimentou.Sim, caros irmãos. Ainda bem que criei-me aos pés de homens desta qualidade, portanto, quanto estes acima citados, surgem, vem à mente: eles passarão. A obra de cada um será julgada pelo fogo. Diante do fogo a palha não pode subsistir
Pr. Aguiar Valvassoura

0 comentários: